08/02/2018

EUA: espionagem e desdém pela soberania e pelas leis

Coluna do dia 06/02 no jornal Hora do Povo. O original está neste link.

Os políticos dos EUA podem ter acesso a inteligência de diversas agências. “Inteligência” quer dizer um relatório, feito por analistas profissionais, baseado em informações coletadas de várias fontes. Além das fontes abertas, como jornais, rádio, TV, Internet, palestras, artigos, etc. as informações são complementadas pelo que eles chamam de “coleta clandestina”, ou seja, escutas ou espiões que obtém informações secretamente.

Nisso, já dá pra perceber um desdém pelas leis e pela soberania local – são legítimas para os EUA fontes de informações que violam leis do país onde a informação foi coletada.

Mas além disso, eles são capazes de subverter a ordem social de um país, caso consigam fazer isso em segredo. Foi assim nas dezenas de países em que a CIA promoveu “mudanças de regime” ou golpes de estado (Irã, Guatemala, Itália, Grécia, Chile, Bolívia, Brasil).

Ou seja, nem “passivamente” – na coleta de informações – nem “ativamente” – nas operações de mudança de regime – os EUA se importam com a soberania nacional. E como Snowden revelou, nem um país considerado grande aliado, como a Alemanha, na qual os EUA possui dezenas de bases militares, escapa da vigilância e da tentativa de controle.

Isso é totalmente incompatível com a mensagem de “farol da democracia” que os EUA propagam. Mas totalmente compatível com um país que se vê como dono do mundo, como o superpoder, o império mundial.

"Nada Está Além do Nosso Alcance" - selo da missão USA-247 que lançou um satélite espião da NRO, uma das agências que coletam informações para o aparato de inteligência dos EUA.

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